Blogagem coletiva: Maternidade Real

Segunda-feira, 11 de abril e 2011.

Não sei de onde começou a “corrente” da blogagem coletiva. Mas vi no blog da amiga Kamilla  ( mamaekamilaepapaimichel.blogspot.com ) e aprovei a ideia… Resolvi blogar sobre o tema também.

Antes de engravidar e mesmo quando já grávida, o medo de não ser uma boa mãe rondava minha cabeça… Mas O QUE É SER UMA BOA MÃE???

Ah, queridos! Hoje eu sei que ser uma boa mãe é estar disposta a aprender dia após dia, porque nenhum dia é igual ao outro quando se tem uma criança em casa. Impossível aprender em livros tudo aquilo que só a prática nos ensina.

E, como cada criança é uma criança (e cada mãe é uma mãe!), receitas de bolo quase nunca funcionam, tipo “não durma com seu bebê para não causar dependência”, “não dê comida na frente da tv para não acostumar mal”… No dia a dia, dentro das nossas casas, nós é que sabemos o que rola e o que não rola…

Tem coisa melhor no mundo do que dormir uma tarde inteira no friozinho do ar condicionado, cobertas com edredom e sentindo o fungado uma da outra juntas e apertadinhas numa cama de solteiro? Perdão, psicopedagogos! Mas isso eu não dispenso não!

E quando temos um período de transição de fases, introdução de novos alimentos, crescimento, enfim, quando nossos pimpolhos simplesmente resolvem que o cadeirão não é o melhor lugar da casa para se alimentar… O que é melhor?

a) sentá-los no sofá na frente da tv e conseguir dar o novo alimento;

b) ficar correndo atrás do moleque com a colher na mão, sujando a casa inteira;

c) deixar a criança sem comer porque os livros dizem que se tiver fome a criança vai comer uma hora;

d) nem uma coisa nem outra, muito pelo contrário.

Ah, cada mãe que escolha a sua opção! Não acho quem escolhe a,b, c ou d esteja mais certa que a outra! A rotina do dia dirá, a vida dirá, seu filho dirá, você saberá o que funciona ou o que não funciona. Aliás, tem dias em que uma das opções acima funciona, e no outro dia, parece que você tem um outro serzinho diferente dentro de casa… De repente, dois dias depois, o cristãozinho volta a ser o que era antes. É um dente que vai nascer, um resfriado que altera o paladar, a descoberta de uma nova brincadeira da qual ele não quer abrir mão na hora de comer… São muitos fatores que influenciam como seu bebê vai estar. Ou nós adultos somos como robôs que temos sempre o mesmo apetite e sempre gostamos de novos sabores, ou sempre largamos o computador numa boa para irmos almoçar na mesa quando aquele bate-papo com uma amiga distante está tão animado?

Claro que criança tem que ter rotina! A gente aqui em casa que o diga, pois quem acompanha este blog sabe o quanto o Nana Nenê foi importante aqui em casa e até hoje vemos os bons reflexos de ter colocado rotina na vidinha de Mirela. A rotina estará sempre presente na vida das crianças, por isso, desde cedo, se acostumando, é mais fácil fazer transições, como o momento de ir na escola e se deparar lá com a “rotina da escola”. Na nossa vida inteira, desde pequenos, precisamos ter hora pra acordar, pra dormir, pra comer, pra escovar os dentes, pra nos divertir, pra assistir tv…ou nossa vida seria uma bagunça eterna… Aqui, Mirela curte a sua rotina diária, sabendo o que virá daqui a pouco, tipo ir pro banheiro dela quando chega a hora do banho matinal sem que ninguém precise mandar, pois ela mesma já sente a falta se passa a hora, o mesmo para as horas de dormir.

Mas é importante dizer que as rotinas precisam ser saudáveis e, mesmo que pareça paradoxo, devem ser até flexíveis. Claro que uma viagem, um passeio diferente vão mudar a rotina da criança, mas o saudavel é que ela curta sair da rotina, mas que curta também voltar para o dia a dia normal, que é a vida dela em mais de 90% do tempo. Exceções são isso: exceções.

Vixe, eu poderia escrever zilhões de linhas sobre minha experiência materna e dizer blá, bla, blá, blá o quanto eu sou boa mãe por isso e aquilo outro. Mas até perece que estou tentando convencer você, leitora, que eu é que sou a melhor mãe do mundo, a certa, a que deu certo. Engano seu, amiga, eu sou apenas a MELHOR MÃE QUE POSSO SER e vou além nesta frase: EU SOU APENAS A MELHOR MÃE QUE POSSO SER PARA A MINHA FILHA.

Seja você uma boa mãe da maneira que você pode ser, para o SEU filho e isso te bastará! E bastará a ele também!