Segunda-feira, 12 de abril de 2010.
Era pra ser o hoje o grande dia, o retorno às atividades do doutorado, de volta à fac… Isso se a babá não tivesse faltado…A sorte é que eu tinha remarcado uma reunião com minha co-orientadora para amanhã pela manhã. Mas aí vem a dúvida: a babá virá amanhã??? E depois de amanhã? E semana que vem? E ainda assim, eu poderia ter ido hoje, ajeitar umas coisas por lá, fazer os primeiros contatos e amanhã ter minha reunião…Todos os planos de hoje sem chance de acontecer…
É por essas e outras que ainda continuo me remoendo e pensando: voltar ou não voltar? Dar um tempo, trancar, esperar Mirela entrar numa escolinha, completar 2 anos??? Na minha cabeça até que estava tudo se resolvendo: Mirela aceitando super bem tudo o que a gente oferece, aceitando da mão de outras pessoas, sem exigir minha presença, o que é muito importante; eu já sem sofrer tanto com a história de ter que cortar a amamentação exclusiva e tals. Estava até empolgada com o retorno, escolhendo a roupa pra usar, já que não precisarei ir de sutiã de amamentação ou blusa com botão na frente, uma vez que não amamentarei enquanto estiver trabalhando, fiz as unhas, depilação, cortei cabelo…Tudo para o grande retorno…Mas a babá faltou…E com isso, voltaram todas as dúvidas e fantasmas? Será um sinal?
Nesse exato momento tenho o exemplo de duas colegas blogueiras, cujos filhos tem a exata idade da Mirela que voltaram ao trabalho e…com alguns dias pediram as contas! Claro que cada uma com seus motivos, mas sempre com uma razão maior em comum: o bem estar de seus filhos. Esses exemplos me dizem muita coisa…
O fato é que se eu conseguir ir pra faculdade amanhã (se a babá permitir), terei que deixar tudo bem claro, meus novos horários, minhas novas prioridades e explicar que coisas deste tipo podem acontecer. Meu medo é marcar um experimento, agendar com todo mundo, preparar tudo e…a babá faltar…Pense na contramão! E logo eu que deteeeeeeesto faltar compromissos, chegar atrasada…Acho que vou ter que rever meus conceitos e me adaptar às novas condições se eu não quiser enlouqecer de vez com as responsabilidades.
Minha mãe está por aqui, mas é pra dar uma força no “backstage”, cuidando das coisas da nenê, dando suporte pra babá, e não pra pegar no pesado com a Mirela. Não dá pra deixar a Mirela com seus 7 e poucos quilos na mão da mamãe, pra ninar, dar banho, andar pela casa no colo, etc, etc…Ora, se eu com meus 34 anos estou em frangalhos, com tendinite nos dois pulsos e uma dor lascada nas costas, imagina minha mãe com seus 60 anos, dores nas pernas e etc…Isso é que dá ter filho tarde: as avós também já não são mais as mesmas e não tem tanta disposição. Já estou achando demais minha mãe sair da rotina dela e ficar aqui pra dar o suporte que está dando pra quando eu voltar ao trabalho, imagina deixá-la sozinha com a nenê…Desumano!
E agora, José? O que fazer? Por enquanto, esperar até amanhã, pra ver se a babá vem… Virá? E aí, é sentir como será o retorno, a aceitação, como Mirela ficará sozinha em casa sem mim, e esperar pra ver o que acontece. Só sei que as minhocas começaram a andar de novo na minha cabeça…
Ah, só pra informar: Mirela é boa de boca meeeesmo! Aceita tudo com muito gosto e está nos volumes máximos permitidos pela pediatra. Abre a boquinha quando mostro a colher do polivitamínico (eca!), engole tudo e só depois faz careta! kkkkkkkkkk
Aguardem cenas dos próximos capítulos!
Oi Tati… que situação não? Imagino como você deve estar se sentindo e confesso que uma das minhas maiores preocupações é exatamente essa. Sempre digo e aconselho, que se eu pudesse, ou quem sabe puder, gostaria de ficar pelo menos os dois primeiros anos em companhia do meu bebê, ainda que fosse por meio período… Não sei se seria egoísmo da minha parte, porque a criança se adapta a tudo perfeitamente, muito mais do que nós, mas a verdade é que mãe é sinônimo de proteção e parece que só nós podemos fazer isso.. enfim egoísmo ou não, é o que eu sinto. O fato de ter filhos tarde também é meu dilema, não gosto da palavra “arrependimento”, mas seu eu pudesse voltar ao tempo já teria tido uns 03 filhos, iniciando o papel de mãe na faixa dos 20/22 anos… muitos podem achar loucura, mas o fato é que essa idade tem suas vantagens, mas enfim… agora já foi. Te escrevo isso apenas para registrar que você não está sozinha, e tudo tem seus prós e contras, a solução é buscar outras alternativas… se a babá não vem, tem que ter outra opção, tenho certeza que a vovó segura um dia, ou algumas horas sozinha ou com a ajuda da secretária do lar… a escolinha é uma outra opção, mas pode contar que um dia vai acontecer de não ter aula (falta de energia/água, emenda de feriado, etc)e teremos que ter uma outra opção. Agora, sinceramente, se você tem condições e pode adiar um pouquinho sua vida profissional (dois anos voam), faça isso com muito orgulho, pois acredito que não tem nada melhor do vivenciar inteiramente o papel de mãe. Boa Sorte nas suas escolhas!!! Beijos carinhosos!!!
Oi Tati! Em primeiro lugar a Mirela está cada dia mais linda e gotosa!
Bem, nossa q situação, pois já é bem difícil se acostumar com a idéia de voltar ao trabalho e deixar nossos filhos nas mãos de babá q se dirá quando elas faltam..dá uma dúvida cruel, volto ou n volto?
Quando voltei a trabalhar, levava o Yuri e a babá p casa da mamãe, até pq n hora do almoço corria lá p dar de mamar e matar as sofridas saudades..e assim foi até os 1 ano e 9 meses dele, quando resolvi sair do meu trabalho, foi a melhor coisa q fiz naquela época, quando lembro q perdi várias etapas maravilhosas do meu filho, engulo seco, sei q n fui a única mulher do mundo a passar por isso, mas hoje vejo o quão necessário é acompanhar tudo deles. Hoje trabalho com meu marido, mas meu próximo filho, pretendo abrir mão de tudo de novo, vale a pena!
Deus vai colocar em seu coração o q fazer, e com certeza irá ser a melhor coisa p vc e sua princesa.
Deus os abençoe.
Bjão!
Ariane
Oi amiga…
Que situação a sua, heim?! Imagino que a tua cabeça fez um giro e todas as dúvidas e inseguranças retornaram. Mas quero compartilhar com você um pouco do que aconteceu comigo:
Tive o Rafa em dezembro de 2004 e no dia 1º de maio de 2005 fomos embora pra Manaus; eu, meu esposo e nosso filhote com menos de 5 meses de vida. Mãe de 1ª viagem, cheia de dúvidas, sem mãe, pai, família e amigos por perto e num lugar estranho e de difícil acesso (vc sabe como é pra chegar até lá). Até chegar nossos móveis moramos em um flat. Imagine vc morar com seu marido, e um bebê numa suíte com uma pequena varanda pra lavar as roupas do baby, calcinhas, cuecas do marido, ect e tal; uma minúscula cozinha pra preparar os sucos e sopinhas do meu filhote que estava na segunda semana de adaptação aos novos sabores que não fosse o leitinho que ele tanto amava. Fora a minha insegurança sem saber se estava tudo direitinho, gostoso e nutricionalmente correto. Quantas dúvidas…
Então chegou a hora de nos mudarmos pro ap. Agora tínhamos que conseguir alguém pra nos ajudar em casa. Não foi fácil conseguir, mas Deus mais uma vez nos foi fiel. Glórias a Ele! Depois de algumas boas referências contratamos Maria. Precisei voltar a trabalhar e o Rafa já tinha quase 6 meses. Meu coração de mãe se despedaçou! Deixei meu “único bem” em mãos de uma senhora que eu mal conhecia e que também cuidava da casa e da nossa alimentação (na época a gente não podia pagar 2 secretárias com 1 salário mínimo cada uma; além do que o custo de vida da cidade de Manaus é altíssimo) e o jeito foi arriscar. Fui louca???!! Irresponsável?! Uma mãe desnaturada?! Não!! Nunca me pesou esta decisão. Fiz tudo isto pensando no meu filho, na minha família e em mim, pois voltar as minhas atividades normais me deixou mais feliz, aumentou minha auto-estima, além de ajudar financeiramente o meu esposo a manter o nosso lar e poder dar o melhor pro nosso filho. Eu trabalhava só o período da manhã e as horas passavam rápido. Logo estava em casa curtindo o Rafinha e descobrindo as novidades dele. Era muito cansativo, mas eu curtia taaaaanto o meu filho que, provavelmente, se eu estivesse 24 horas do dia exclusivo com ele eu não curtisse cada momento com tamanha intensidade. Hoje tenho outro filho; os problemas e as preocupações aumentam, as babás entram e saem de nossos lares, comparecem e faltam a um dia de trabalho e a gente tem que “segurar a peteca”. Um dia faltaremos ou chegaremos atrasadas ao trabalho ou a uma reunião importante, mas esta situação está “implicitamente informada” em todos os “curriculum” de uma mãe. E não temos como mudar isto! Se não for a babá faltar é uma febre deles, ou qualquer enfermidade que nos fará ficar em casa.
Tati, o seu trabalho é o seu dia a dia também, é a sua rotina, é a outra paixão da sua vida. O seu trabalho também lhe completa, além da Mirela e do seu esposo. Nosso filhos crescem rápido sim… e não é porque vc vai passar um período fora de casa que vc vai perder as lindas fases da Mirela. Nuuuncaaaa!! Deus providencia tudo para que sejamos mãe, esposa e profissional. Experiência própria! Já ouvi de várias pessoas que sou uma maezona, que eu curto tudo com os meus filhos… coruja até demais. Fico feliz quando alguém me diz isto, mas a minha maior felicidade é poder ser mãe em tempo integral no meu momento de folga e de laser. E assumo: “Sou mãezona mesmo!!” Afinal foi o maior sonho da minha vida que se realizou. Glória a Deus por isto!!
Então, amiga… seu trabalho não é em tempo integral e todos os dias. E se vc precisar dá pra levar a Mirela (numa emergência dessas como a falta da babá) e ficar de olho nela. Não é fácil, mas pra tudo dá-se um jeitinho. Isto você aprende com o tempo.
Eu particularmente acho que vc não deve abdicar de seus sonhos, ou atrasar 2 anos as suas experiências. Você saindo de casa e voltando pra sua rotina profissional vai lhe fazer muuuuito bem. Qualquer coisa ligue do trabalho pra casa a cada 2 minutos (pra saber como está a Mirela) até seu coração se tranquilizar. E logo estará craque pra ter mais uns babies e ir trabalhar numa boa sem tantas inseguranças.
O que você tem passado aconteceu com muitas mães. Decisão difícil que só vc pode tomar. Mas espero em Deus que Ele refrigere o seu coração e lhe dê a resposta certa.
Ore ao Senhor e Ele mais uma vez será fiel a vc, amiga!!
Deus continue abençoando a sua vida e de sua família.
Beijo enorme pra vcs 3…
Saudades…
Carli
“Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.” (Salmos 37:4)
Pois eh Tati essa decisao eh muitooooooo dificil de ser tomada.
hj ja eh dia 15,voltou ou nao as suas atividades do doutorado,como foi o dia??
eu nao me arrependo nehum pouco em ter deixado meu trabalho pra cuidar do Rhyan,e graças a Deus meu marido super me apoiou na minha decisao.
O Rhyan nao estava se alimentando,recusava de tudo que a baba dava pra ele,e durante a noite chorava demais,depois q voltei a ficar com ele as coisas melhoraram,quer dizer um pouco,pois agora acho q ele sente eh a falta do pai dele..aushuah..meu marido foi pro Rio de janeiro trabalhar,se der certo vamos nos mudar pra la..ja to morrendo de saudades dele..aushuashu..
CAda caso é um caso ne..rsrs…vc ainda tem o privilegio de ter sua mae por perto pra ajudar a baba a cuidar da Mirela e poder ficar metade do dia com ela.VAi dar tudo certo…qualquer novidade me conta heim…
beijoss
Me desculpe, precisei terminar minha maratona em seu blog, o orkut ficou doído rsrsrs
E cheguei avisando as enfermeiras que estava chegando e ao mesmo tempo indo embora pra minha cidade, me sentia exausta e sem forças mesmo, nem leite me animei pra tirar ( ela já estava mamando de noite o prè Nam, pq a cada dia vai aumentando os mls e tirar no copinho é horrível, pensei naquele post seu sobre o leite, qdo vc teve q dar outro leite pra sua filha, fui trabalhando na minha cabeça essa questão tbem, não poderia estar com ela 24h e estava difícil esse processo de orndenha, desencuquei), pequei o primeiro ônibus de volta ainda bem que tinha um super rápido, nem precisei pedir pra alguém me buscar e fui então embora e meu marido me monitorando por tel. Fui ao médico de tarde e resultado: stress, fadiga. Então estou tendo que replanejar a rotina. Não vou acordar mais quatro e pouco, estou tentando, mas acredite ainda acordando mesmo sem despertador, tomando muito chá calmante, suco de maracujá e agora estou trabalhando minha mente pra ir no hospital um dia sim e outro não, porque graças á Deus ela está super bem, hj pesando 1785, mamando e tolerando o Nam, inclusive ela já está no copinho.
Hj fomos visitar nossa princesa e foi emociontante, meu marido pode pegà-la no colo pela primeira vez!!! Ela está gorducha e feliz, ri até dormindo, graças á Deus! Mamou no peito e bem e logo voltamos pra casa. Tenho a seguinte sensação, quero ir vê-la mas não suporto mais hospital, acho q é stress mesmo. E como sei que está faltando pouco pra ela vir pra casa, sei que é questáo de dias, acho q não deve demorar nem quinze mais, pois está bem mesmo e sei que preciso estar bem pra quando ela vier pra casa. Amanhã vou fazer exames de sangue e vou ver algumas pessoas q faz tempo não vejo, me distrair um pouco, daí depois de amanha vou mais um pouco ficar lá com ela, que graças á Deus não estranha ninguém, mama, ri e dorme, ligo duas vezes por dia pra saber e sei que se precisar eles me ligam e vou correndo, ou melhor voando….rsrsrs. è isso, acho q tentei resumir, mas ficou grande, me desculpe. bjos e obrigada pelas orações. EM TEMPO: MIRELA ESTÁ LINDA, PARABÉNS!! E VC VOLTOU PRO TRABALHO?BJUS