Quarta-feira, 14 de outubro de 2009.
Tô de molho, em casa, me recuperando da “garganta ruim-gripe-moleza-sei lá o quê” que me pegou de jeito… Mas estou bem; estou medicada e descansando bastante… As vezes, a gente tem que tomar um susto pra poder desacelerar… Já estou na reta final, caminhando para o oitavo mês, e é hora de começar a reduzir a marcha, apesar das zilhões de pendências, que por sinal, meu marido começou a derrubar para mim, mesmo sem tempo… Hoje, ele foi sozinho encomendar as lembrancinhas da maternidade… não é lindo!? =) Sorte que a mamãe aqui já tinha escolhido…
Tá, e daí? Daí que ficar sem fazer nada só aumenta minha vontade de escrever sobre um monte de coisas, apesar do computador não ficar ligado e nem perto de mim… Mas hoje eu quis escrever sobre a Dona Flor, liguei o computador e cá estou…
Dona Flor não é uma pessoa, é uma cadeira… A cadeira que acalentou minhas irmãs há 30 anos atrás no colo da minha mãe e que, agora, acalentará Mirela em pleno século XXI.
Desde o começo da gravidez, quando procurava pelo mobiliário do quarto, incluía sempre a pesquisa de preços da cadeira de amamentação. Já sabia preços, modelos e ficava até planejando onde ela ficaria. Até que um belo dia minha mãe perguntou se eu gostaria de ficar com a cadeira Dona Flor dela. Deu dó em mim e em meu marido, neste principalmente, pois a tal cadeira estava na casa dos meus pais há 30 anos, havia sido a cadeira de alimentar minhas irmãs gêmeas em 1979 e, há anos estava servindo a meus pais em sua sala de estar como um confortável opção para assistir tv… e nós, de repente, iríamos tirá-la de lá…
Durante vários meses, adiamos o dia de ir buscá-la. Entre uma semana e outra, acabávamos procurando alternativas de cadeira, mas eu sempre falava para o meu marido que adquirir uma outra cadeira seria uma grande desfeita com meus pais. Meu marido não se conformava em tirar o móvel deles, e não sabia como eu pude aceitar tão rápido, sem pestanejar, como se não pensasse na falta que a cadeira poderia fazer para eles. Mas eu acho que, no fundo, o que ele não entendia, e que eu captei desde o começo, era a simbologia do que estava por trás daquele gesto de doação. Meus pais tem orgulho desta cadeira, adquirida ainda nos tempos em que meu pai fora supervisor da Delta Móveis, e que há tantos anos resistia firme e forte, ainda prometendo resistir por mais gerações… O que eles querem, além de nos ajudar a aliviar o bolso (essas cadeiras hoje em dia, de madeira boa mesmo, são caríssimas!!!), é perpetuar uma história da família, é fazer passar através de gerações, um símbolo de cuidado e zelo… Nada mais bonito que a primogênita deles (eu!), dando a luz à primeira neta (Mirela!), tivesse a chance de usar a cadeira Dona Flor mantida por eles há tantos anos. Quem garante que há tempos meus pais já não sonhavam com este momento???? O solene momento de transmitir aos meus cuidados a cadeira Dona Flor!
Captada a mensagem, neste fim de semana, Dona Flor mudou de endereço, e hoje ocupa temporariamente um espaço na minha varanda, mas logo estará dentro do meu quarto, onde pretendo amamentar Mirela com privacidade. Ainda encomendarei as almofadas para colocar na cadeira, e que farão conjunto com o enxoval da Mirela, para que fique tudo muito lindo! Cheguei a pensar em mandar laqueá-la de branco, mas já me conscientizei que ao fazer isto, estarei matando parte da história, e que não poderá ser resgatada depois. Decidi então que apenas uma envernizada deixará Dona Flor novinha em folha e pronta para receber a mim e Mirela… No final das contas, passada a fase de amamentação, é provável que Dona Flor ocupe lugar na minha sala, cujos móveis são escuros, onde poderemos, eu e Mirela ou papai JU e Mirela, assistir tv num balanço gostoso, assim como fazíamos na casa de meus pais…
Bem vinda, Dona Flor! Prometemos cuidar bem de você para, quem sabe, mais 30 anos de existência… E que Mirela, a minha primogênita, tenha a chance de, um dia, acalentar seu filho em você! Quem sabe?!
Abaixo, a Dona Flor, a minha mais nova conquista a caminho dos cuidados de Mirela.
Deus abençõe a todos!
e num eh que ela tá conservada como eu!hahahahahaha
nem parece que tem 30 anos…como euzinha, hahahahaha, modéstia a parte!
Viva a DONA FLOR!!!
É captei a mensagem tb qto a doação…vc merece Tati!
Bjinhos!!!!!!!
Tati!!!!
essa semana fiz um “estagio” ajudando uma amiga com filhinha dela e dei mamadeira numa cadeira dessas, eh a coisa mais confortavel do mundo!!! muito boa!!! e com toda a historia por tras da D. Flor, fica mais especial:) Eh coisa boa eh ter pa e mae por perto ne?!
estava relutando, mas acho que terei que comprar uma…essas bichinhas sao caras!!!
Beijo nas duas!
Não tenho duvidas, Tati, que seus pais queriam mais do que economizar seu dinheiro qdo lhe passaram a Dona Flor!
Na casa da minha avó tem uma cadeira assim, mas é de ferro, com macarrão. Eu lembro de mim com 5 ou 6 anos, sentada no colo do meu avô a pentear meu cachos enormes….
Hj me emociona sentar na cadeira aos sábados, qdo visito minha avó.
Aliás, os sapatinhos que dei a Mirela, feitos pela minha avó, foram feitos enquanto ela se balançava NESSA cadeira!
Atualmente o macarrão dela está de outra cor (na minha infancia era amarelo, hj é roxo), mas a cadeira continua lá, a trazer muitas, muitas lembranças…
Parabens pela Dona Flor, amiga! E não duvido que um dia vc repita esse gesto de sua mãe, e passe a cedeira para Mirela amamentar os filhinhos dela!
Bjus
Que legal tati…
A cadeira eh linda e a historia dela tb..
ate bem pouco tempo atras na casa do meu pai existia um berço q foi usado pelo meu irmao,por mim e minhas irmas,era dakeles berços antigos de madeira pura,sempre axei q ele faria parte da historia da familia assim como a cadeira,mas a alguns anos atras meu pai se desfez dele por falta de espaço,uma pena o primeiro neto nao poder conhecer..tomara q sua dona flor ainda dure mts anos para q Mirela quem sabe tb possa desfrutar dela com a filha..rsrs
fiquem com Deus..
beijos
Muito linda a simbologia desta cadeira e passar assim de mãe pra filha, é o máximo, quem sabe Mirela vai também amamentar seu bebê nela daqui alguns anos? Beijos
Ai Tati!!! to mais aliviada! eu sabia que era pouco, mas mesmo assim, fiquei pensando mil coisas… eu odeio comer salada, as vezes faço vomito.. procuro comer legumes, brocolis (tem que ser refogado no alho..) mas as folhas sao dificeis… so em sanduiche! minha familia por parte de pai (incluindo meu pai) eh toda diabetica.. perdi minha avo e uma tia com diabetes, fora os outros tios… nao como muito doce nao, mas o problema pra mim eh o tal carboidrato que pelo q sei vira açucar… ja estou controlando mais a alimentaçao! mas obrigadissima por me tranquilizar!!!
entao, vou começar a lavar as roupinhas no sabado! acho que vou comprar o Roma mesmo, nao quero economizar em coisas pro meu Theo! Eu tava pensando que ano q vem (depois que Theo e Mirela estiverem maiorzinhos) agente tinha que marcar uma visita! sao tantas coicidencias, que agente merecia se conhecer!! beijos e tudo de bom!
Querida Tatiana,
Muito linda a relutãncia em aceitar tão nobre presente! Meus parabéns à Mirela, que tem pais com um caráter muito zeloso, e avós amorosos que desejam proporcionar à primeira neta conforto e carinho!!
Beijos,
Karen
Lindo esse último texto. Estou em Maceió, no congresso de Infectologia, e lembrei de ti. Esse nordeste é lindo mesmo. Saúde para vocês duas. Beijos PATI
Oi Tati,
Passei hoje aqui pra me atualizar, e adorei a história da cadeira. Valorizo muito móveis que tem história.
Bjo!!!
Oi Tati!! Tudo bem?? Você está melhor??
Uma semana sem postar e a gente já fica com saudades viu?? risos…
Estou acompanhando tudo daqui de São Paulo!!
Beijos.
Milene e Giovanna
Cade vc sumidinha?? saudade de vc!!! sumiu do blog! melhorou da gripe??? beijo!!!