Será que foi o pinhão??? (com 14 semanas e 2, 3 ou 4 dias…)

Terça-feira, 16 de junho de 2009.

Para vcs entenderem o título do texto de hoje, preciso voltar no tempo e ir ao mês de abril de 2007, mês e o ano em que começamos a tentar ter filhos…

Num dia qualquer daquele mês, ganhamos uma remessa de pinhão da família do Ju, que tradicionalmente come a iguaria em São Paulo e, quando chega a época, acabam mandando para nós aqui em Fortaleza, onde aliás eu nunca tinha visto pinhão. Bem, eu já havia me acostumado a todo ano comer o tal pinhão enviado lá do sudeste…Só que daquela vez, algo saiu errado…Lá pelas tantas da noite, algo em torno de 22h, depois de comer uma bacia de pinhão juntamente com meu marido, comecei a passar mal, muito mal…Mas tão mal que fui parar na emergência do Hospital da Unimed onde finalizei a noite tomando soro…

Só que, em casa, passando mal e depois, já no hospital, me vinha a dúvida: será que estou grávida? Passando mal desse jeito, poderia ser gravidez…E meu marido já olhava para mim achando que eu poderia estar grávida naquele primeiro mês de tentativas…Só que o médico que nos atendeu já pôs nossas esperanças no lixo: não é época de enjoar desse jeito se fosse gravidez…E tascou no prontuário: “intoxicação alimentar por ingestão de pinhão”…Na sala de medicação, lá estou eu toda esgulepada, tomando soro na veia e meu marido ainda achando que eu poderia estar grávida e acabou até tirando foto minha do celular dele…Lembro ter dito pra ele que se nosso filho nascesse teria que se chamar pinhão, em homenagem àquela noite…

Enfim, o doutor estava certo, e naquele abril de 2007, primeiro mês como tentantes, não havíamos engravidado…E dali se seguiriam longos 2 anos…Vocês já sabem da história…

Sim, mas o que isso tem a ver com o dia de hoje? Seguinte: no sábado, recebemos uma remessa de pinhão vindo de São Paulo…Ensaiei cozinhar no fim-de-semana, mas só ontem consegui deixá-los de molho para então poder cozinhá-los. Lá pelas 17h, pedi ao Junior para confirmar com a mãe dele o tempo de cozimento na panela de pressão e então me pus a preparar o pinhão. Só que meu marido chegou a perguntar: será que vc pode comer? Eu disse que só comeria 2 ou 3 para matar a vontade e que se bobeasse eu é que o levaria ao hospital desta vez, pois ele iria poder comer todo o pinhão sozinho…

Na hora de colocar no fogo, vi que minha panela de pressão estava vazando pelas bordas. Desliguei o fogo, abri a panela, ajustei tudo, estiquei a borracha e pus no fogo novamente… Aconteceu novo vazamento de vapor. Fiz novamente o procedimetno de ajuste e fogo de novo… Aconteceu tudo outra vez…Tempo do meu marido chegar do trabalho e fazer a terceira tentativa de ajuste. Desisti porque vi que a panela de pressão, que havia ficado guardada e sem uso por muito tempo, estava realmente com vazamento de vapor…Sem pestanejar, meu marido pegou o carro e foi na casa da minha sogra pegar uma panela de pressão emprestada, pois ele achava que se eu não comesse o pinhão ficaria com desejo…Com a panela nova, conseguimos cozinhar o pinhão…E eu fui boazinha, só comi oito pinhões…quem sabe o que é pinhão sabe que oito não significam nada…

Assisti meu So you think you can dance, meu Grey’s Anatomy e fui deitar… Lá pela 1 da manhã, levantei com fome e tomei um copo de suco de laranja e duas cream cracker…e deitei de novo…

Eis que as 2:30h, acordei passando mal, com ânsia e vontade de ir ao banheiro…Não deu outra: vomitei até a alma…Quem diria, no segundo trimestre de gravidez e vomitando…Me poupe! Achei engraçado até, porque me lembrei imediatamente da história do pinhão, e em plena madrugada falei ao meu marido: vou escrever um post sobre isto…

Pois é, meu primeiro vômito na gravidez aconteceu assim… Será que foi o pinhão? Tenho a teoria formada para incriminá-lo:

Primeiro episódio: pinhão, sem gravidez = vômito

Segundo episódio: pinhão, com gravidez = vômito

Resultado: a culpa é do pinhão!

Moral da história: não posso comer pinhão, e tenho que obedecer aos sinais… Se não tivesse teimado e insistido na panela de pressão, não teria comido e não teria passado mal…

Bem, é mais uma história pra contar pro(a) nosso(a) filho(a)…

E você, vai um pinhão aí?